Paysandu x Remo: conheça a história do 7 a 0

A goleada do Paysandu sobre o Remo pelo placar de 7 a 0 ficou marcada na história do confronto centenário.

Com mais de 100 anos de rivalidade, Paysandu e Remo já se enfrentaram mais de 700 vezes em toda a sua história. Entretanto, uma partida ganha destaque na trajetória do confronto, por conta da diferença significativa de gols. No dia 22 de julho de 1945, o Papão goleava o time adversário pelo placar de 7 a 0, com gols de Hélio Costa (2), Soiá (3), Farias e Nascimento. Nesta publicação, contaremos um pouco da história desta partida emblemática, relembrada até hoje pelos torcedores bicolores.

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Paysandu e Remo na década de 1940

Fundado em 1914, o Paysandu é pouco menos de 10 anos mais novo que o Remo. Apesar disso, desde o início de sua trajetória, o Papão já brigava pelo posto de maior clube do Pará. Em 1920, o time bicolor venceu seu primeiro Campeonato Paraense, enquanto seu adversário já possuia oito títulos. Contudo, em 1944, o Paysandu já igualava o número de títulos com o seu rival, demonstrando a força do time bicolor desde o início da sua caminhada no futebol paraense.

Durante a disputa do Parazão de 1945, o Paysandu teve a oportunidade de, pela primeira vez, se tornar o maior campeão paraense. E foi exatamente o que aconteceu. Durante aquela temporada, o Papão se destacou dentro de campo: além do título do estadual daquele ano (com vitória sobre a Tuna Luso), a equipe também marcou com a maior goleada da história do confronto, ao vencer o Remo pelo placar de 7 a 0.

Como foi a goleada de 7 a 0 do Paysandu sobre o Remo?

O jogo que marcou a história do confronto entre Paysandu e Remo ocorreu no dia 22 de julho de 1945, em partida válida pelo primeiro turno do Campeonato Paraense daquele ano. O Papão contava com um elenco que também ficou marcado, conhecido como Esquadrão de Aço, responsável pela alavancada do time bicolor no final de década de 1930 até o final da década de 1940.

Esquadrão de Aço fez história no 7 a 0
Esquadrão de Aço, tricampeão paraense em 1945. Foto: Reprodução (Paysandu).

A partida ocorreu pela tarde, no Estádio da Travessa Antônio Baena, conhecido atualmente como Baenão. O primeiro tempo da partida foi bem difícil para ambos os lados, com apenas um gol, marcado por Hélio aos 37 minutos do primeiro tempo. O clima da partida era de grande rivalidade, com a tensão aumentando ao final da etapa inicial, quando Arleto, do Papão, e Vicente, do Remo, foram expulsos.

No segundo tempo, o Paysandu encontrou maior liberdade com a diminuição da quantidade de atletas dentro de campo. Farias aproveitou o retorno confuso do time adversário, marcando um gol no primeiro minuto do segundo tempo. A partir dai, o Papão dominou a partida, marcando outros cinco gols na sequência: três de Soiá, mais um de Hélio Costa e o último de Nascimento.

Na época, o jornal “A Vanguarda” trouxe uma crônica no dia seguinte a partida. Na publicação, conta-se que “Izan fez a melhor partida de sua vida futebolística” ao anular Jango, e que o ataque do Paysandu se sobressaiu a defesa dos adversários, em especial Hélio Costa, que “retomou a boa forma” na partida em questão.

Ficha técnica do 7 a 0

Dia e local da partida: 22 de julho de 1945, no estádio da Travessa Antônio Baena.

Árbitro: Alberto da Gama Malcher.

Torneio: Primeiro Turno do Campeonato Paraense de Futebol.

Renda: CR$ 25.000,00

Escalação do Paysandu: Palmério; Izan e Athénagoras; Mariano, Manoel Pedro e Nascimento; Arleto, Hélio Costa, Guimarães, Farias e Soiá.

Escalação do Remo: Tico-Tico; Jesus e Expedito; Mariosinho, Rubens e Vicente; Monard, Jijo, Jango, Capi e Boró.

Momentos da partida:

  • 1×0 – Hélio Costa (37′ 1T);
  • Expulsão de Arleto e Vicente (43′ 1T);
  • 2×0 – Farias (1′ 2T);
  • 3×0 – Soiá (9′ 2T);
  • 4×0 – Soiá (20′ 2T);
  • 5×0 – Soiá (4′ 2T);
  • 6×0 – Hélio (24′ 2T);
  • 7×0 – Nascimento (44′ 2T).

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Gabriel Mansur
Gabriel Mansur

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