Com mais de 100 anos de história, o Paysandu acumula conquistas regionais e nacionais, além de uma das maiores torcidas do Brasil. Sua trajetória começou em 1913, quando se iniciaram as movimentações que culminaram na fundação do clube em fevereiro de 1914. Hoje, o maior campeão da Amazônia é conhecido no Brasil e no mundo, com um percurso cheio de momentos históricos.
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A história da fundação do Paysandu
A fundação do Paysandu ocorreu no dia 2 de fevereiro de 1914, na residência de Abelardo Conduru, um dos principais fundadores do clube, eleito posteriormente prefeito de Belém. O surgimento do clube se deu pela insatisfação de alguns integrantes do antigo Norte Club (também conhecido como Time Negra) frente a uma decisão tomada pela Liga Paraense de Foot-Ball (hoje Federação Paraense de Futebol) em 1913. Na época, a definição deu ao Grupo do Remo (hoje Clube do Remo), o título do campeonato estadual naquele ano.
A primeira menção a fundação do Paysandu aparece na “Crônica Esportiva” do jornal “Estado do Pará” em 1913, onde se revelam as primeiras movimentações para criação do clube. Posteriormente, no início de fevereiro, “todos os interessados na fundação de um novo clube de futebol” foram convidados, através do mesmo jornal, a comparecer à reunião que definiria a criação do clube. Ao todo, 42 pessoas participaram do encontro, que deu vida ao time que hoje ostenta o título de maior campeão paraense.
Deodoro de Mendonça foi escolhido como o primeiro presidente do Paysandu, contando com a ajuda de outros membros para a redação do primeiro Estatuto do Clube.
Primeiras conquistas
O Papão iniciou sua trajetória no futebol com destaque. O primeiro título do Campeonato Paraense veio em 1920. Entre seu ano de fundação e a metade da década de 1940, já acumulava 15 títulos do torneio, ultrapassando o seu maior rival, quase uma década mais antigo. Em 1947, conquistou o Parazão invicto, tornando-se campeão com uma rodada de antecedência ao vencer o Clube do Remo por 2 a 0. A equipe, formada por jogadores como Hélio Costa e Soiá, ficou conhecida como “Esquadrão de Aço” e também marcou ao aplicar a maior goleada da história do RExPA.
No dia 22 de julho de 1945, o Paysandu vencia o seu maior rival, Remo, pelo placar de 7 a 0. Jogando no estádio dos adversários, o elenco bicolor não deu chances. Foram três gols de Soiá, dois de Hélio Costa, um de Farias e um de Nascimento.

Durante as décadas posteriores, o Paysandu seguiu acumulando conquistas e feitos históricos. Um destes momentos ocorreu em 1965, quando venceu o Peñarol pelo placar de 3 a 0. O elenco da equipe uruguaia formava a base da seleção nacional na época e realizava uma excursão pelo Brasil quando encarou o Papão da Curuzu.
Os principais títulos da história do Paysandu
As décadas de 1990 e 2000 marcam o auge do Paysandu e do futebol paraense no futebol brasileiro. Foram três títulos nacionais, participação e desempenho memorável em uma competição de nível continental – a Libertadores – e oito conquistas do Parazão.
O primeiro troféu nacional veio em 1991, quando o Papão venceu a Série B. O campeonato contava com a participação de 64 times, divididos em oito grupos. No Grupo 1, o Paysandu encarava times do Maranhão, Pará (Remo e Tuna Luso), Amazonas e Acre. A equipe paraense terminou a primeira etapa na segunda posição, com 21 pontos, abaixo apenas do Sampaio Corrêa. Com confrontos eliminatórios de ida e volta, a fase final contava com 16 equipes. Para conquistar o título, o Paysandu venceu Ceará por 2 a 1, ABC-RN por 3 a 2, Americano-RJ nos pênaltis por 5 a 4 e Guarani-SP na grande final por 2 a 1.
Dez anos depois, o Paysandu voltou a conquistar o torneio, que já possuia um formato diferente. Após terminar a primeira fase liderando o Grupo A – formado por times da região Norte e Nordeste – o Maior do Norte passou pelo União São João-SP em uma rodada eliminatória e completou sua jornada no quadrangular final, contra Caxias, Figueirense e Avaí. Empatado com Figueirense somando nove pontos, o Paysandu venceu o Avaí na última rodada pelo placar de 4 a 0, levando a taça da Série B pelo saldo de gols.
No ano seguinte, a torcida bicolor voltou a vibrar com uma nova conquista: a Copa dos Campeões de 2002, título que deu ao Paysandu uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte. A competição não foi fácil: o Papão terminou a fase de grupos na primeira colocação, à frente de Fluminense, Náutico e Corinthians. Depois, em rodadas eliminatórias, venceu o Bahia (2 a 1) e o Palmeiras (3 a 1). A grande final, contra o Cruzeiro, foi repleta de emoção.
O primeiro jogo, em casa, terminou com vitória do Cruzeiro por 2 a 1. Entretanto, o elenco bicolor não se deixou abalar pelo resultado, buscando a virada no jogo de volta, vencido por 4 a 3. Nos pênaltis, a equipe mineira errou todas as suas tentativas, enquanto o Paysandu converteu todas as chances. Com vitória por 3 a 0, o Papão conquistou o título da Copa dos Campeões, além da vaga para a Libertadores em 2003.
Paysandu na Libertadores e vitória sobre o Boca Juniors
Muitos entusiastas do futebol conhecem o Paysandu por um motivo: a vitória sobre o Boca Juniors em plena La Bombonera. Apesar da eliminação nas oitavas de final do torneio, a trajetória do Paysandu na Libertadores de 2003 foi histórica, com resultados que ficarão guardados na memória dos torcedores que puderam viver esse momento.
O torneio começou para o Papão no dia 13 de fevereiro. No Grupo 2, o clube teve pela frente o Cerro Porteño, do Paraguai, o Sporting Cristal, do Peru, e a Universidad Católica, do Chile. O Maior do Norte saiu da fase de grupos invicto, com quatro vitórias e dois empates. A maior vitória desta etapa foi contra o Cerro, quando o Papão venceu por 6 a 2 jogando na Ciudad del Este (Paraguai).
Saindo da primeira fase como líder do grupo, o Papão encarou o Boca logo de cara. O primeiro jogo, em Buenos Aires, deixou os argentinos em choque. Mesmo com dois jogadores a menos, o Paysandu foi resiliente durante toda a partida e, com um gol de Iarley, venceu o Boca Juniors pelo placar de 1 a 0. Apesar de todo o esforço do esquadrão bicolor no jogo da volta, a equipe sofreu na partida com a marcação de dois pênaltis a favor do time argentino, além da expulsão de dois jogadores do Papão. O placar, de 4 a 2, deu a vaga na fase seguinte para o Boca, que acabou tornando-se campeão do torneio posteriormente.
Paysandu atualmente
Nos últimos quinze anos, o Paysandu tem tentado recuperar sua força no futebol nacional e parece estar seguindo no caminho certo. Foram quatro títulos da Copa Verde, além de sete títulos do Parazão, tornando-se um dos maiores campeões regionais do Brasil, com cinquenta títulos.

A última temporada também não foi ruim para o Papão. Retornando para a Série B, o Paysandu conseguiu se manter na Segunda Divisão e planeja chegar em 2025 com ainda mais força, mirando no acesso para a Série A do Brasileirão. Também em 2024, o Maior do Norte conquistou o título da Copa Verde após vencer o Vila Nova pelo placar agregado de 10 a 0, além do Parazão, onde derrotou o Clube do Remo na grande final por 3 a 1.
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